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Luto na Infância: como ajudar as crianças a amenizar a dor da perda

11 DE AGOSTO DE 2022
Luto na Infância: como ajudar as crianças a amenizar a dor da perda

Se falar sobre a morte ou precisar se despedir de um ente querido já é uma tarefa difícil para adultos - aqueles que deveriam, na teoria, saber que a vida é feita de inícios e fechamento de ciclos - imagine então para as crianças. Perder alguém numa idade precoce pode despertar emoções de uma complexidade tão alta que, muitas vezes, precisam ser acompanhadas de perto, para que a dor seja amenizada da melhor forma. 

A morte é, na maioria das vezes, uma situação em que o mundo parece desabar de uma hora para a outra. O luto, por sua vez, é uma trajetória emocional que guia o aprendizado de se viver com a falta. Para a criança, nada muda: o caminho é o mesmo. Apenas a reação pode variar muito de acordo com grau de proximidade, preparação para o momento, a forma que é dada a notícia, personalidade da criança e idade.

Segundo a psicóloga Luana Schimieguel, a primeira coisa que precisamos entender sobre o assunto é que é fundamental falar sempre a verdade para a criança, utilizando os termos corretos. Mesmo que até os 6 anos de idade elas não compreendem, de fato, o conceito de morte, é importante comunicar o falecimento. “Não é adequado utilizar metáforas de viagem, ou não dar, às crianças acima de 6, a possibilidade de se despedir”.

Para poder viver o luto, é importante também que a criança tenha formas de expressar o que sente e se sinta à vontade para fazê-lo. “O adulto pode propor algumas atividades em que a criança possa se expressar, desenhar, visualizar e falar sobre seus sentimentos. É o momento de também construir com familiares um vínculo forte e saudável que vai auxiliar na confiança e bem-estar da criança”, orienta a psicóloga.

O luto, para a criança, mesmo seguindo orientações recomendadas, pode também não ser linear. No geral, o adulto deve ficar atento a sinais de ansiedade, medos, dificuldade de ficar sozinho, tristeza, irritabilidade e perda de interesse no que costumava agradar a criança. A psicóloga aconselha: “Alguns sintomas são comuns, mas se persistirem, é importante procurar um profissional da saúde mental”.

 

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